Ontem cheguei cedo em casa, deitei na cama e fiquei olhando pras minhas estrelas de plástico no teto. Há bem pouco tempo atrás elas não estavam ali me fazendo companhia e eu percebi quanta coisa mudou nesses últimos tempos. Andei fazendo trocas inconscientes e quando percebi já havia afastado de mim um sem número de hábitos, coisas e pessoas. Hoje meu telefone não toca mais insistentemente nos finais de semana, meu celular recebe muitas mensagem, mas não como antes, minha caixa de e-mails continua lotada e eu tenho produzido mais no trabalho.
Eu estou bem comigo mesma, estou dando valor a coisas que eu simplesmente ignorava. Tracei minha vida, determinei horários, trabalho quando devo, converso quando quero, escrevo quando preciso. Hoje tenho liberdade de sair do trabalho e ir bater perna por aí se estiver com vontade, de andar sozinha pelas ruas e entrar em lojas baratas pra comprar bobagens, comer no sushi até doer, tomar um ônibus diferente pra ir pra casa, visitar minhas amigas. Fazer o que eu quero fazer. Ter tempo pra mim.
Antes não tinha vontade de sair ou ver ninguém, passava dias inteiros enfiada no quarto lendo, cantando ou simplesmente dormindo e vinha trabalhar na segunda feira com a sensação de que não tinha feito nada que se aproveitasse de verdade. Os telefones tocavam e eu ignorava. Os convites vinham e eu inventava uma desculpa qualquer. Uma preguiça de viver que me machucava mais do que me fazia bem. As cobranças começaram. E foi aí que eu precisei de alguém pra ouvir um texto novo que eu havia escrito, pra ir pro cinema comigo ver aquele filme que havia estreado, pra falar das coisas do mundo que pareciam mortas pra mim. Mas eu não movi um músculo. Não fiz qualquer movimento pra mudar isso. Continuei lendo sozinha em voz alta os meus textos novos, ou algum interessante que eu encontrava na net, deixando os cinemas de lado, matando ainda mais as coisas do mundo. E o mais engraçado disso tudo é que eu me sentia bem. Eu não sentia falta. O que eu mais queria era acordar cedo trabalhar e ir para o inglês no final do dia, chegar em casa, tomar um banhão quentinho e me atirar na cama. FODA-SE SE O CHEIRO DE GEORGE ARMANI LEMBRAVA VOCE.
Eu me acostumei ao que antes me incomodava e fiz disso a minha nova vida.
Eu mudei, meu amigo. Mudei mais rápido do que pude perceber e eu não escolhi isso. Não foi algo que eu decidi, tipo, acordei hoje e agora quero ser assim. Não. Aconteceu. Quando me dei conta, muitas de minhas mudanças já tinham ocorrido de forma irreversível. Afastei um monte de pessoas que importavam pra mim da minha vida e não deixei que ninguém mais entrasse nela, e eu nem se quer percebi isso. Claro que as mais insistentes ainda estão por aqui e a elas eu devo muito. Afinal, elas aceitaram todos as minhas recusas, brigaram comigo diversas vezes, bateram o telefone na minha cara ou deixaram mensagens grosseiras na minha caixa postal, mas NUNCA deixaram de me procurar quando sentiram a minha falta. Elas aceitaram as minhas crises e a minha nova realidade a duras penas, no meio de conversas sem argumentos e muitas lágrimas pra preencher o que eu não conseguia explicar. Elas foram na minha casa, me arrastaram pelo braço e me mostraram que ainda existia alegria lá fora,que eu continuava sendo a alegria delas.
Dessa última vez, eu poderia ter sido de novo mais flexível que você, mas não quis, e porque afinal de contas você jogou o amor que eu te dei na lata do lixo, e isso não foi uma opção minha, as ultimas atitudes foram minhas, algumas iniciativas foram minhas, e você ficou parado esperando eu falar, esperando eu voltar atrás, eu não voltei, eu li o que não queria, vi o que não queria e engoli a seco, mas fui mulher grande como sou, não quis pagar pra ver. Eu sabia o que iria acontecer, mais cedo ou mais tarde.
E eu não quero e nem posso cobrar isso de você porque as pessoas são diferentes. Eu não tenho esse direito. A nossa vida seguiu, independente do que tenha acontecido, independente de quem magoou ou tenha sido magoado, e volta e meia eu me perguntava: ‘O que foi que aconteceu com a gente?’ ‘Onde foi que eu errei, afinal?’ Antes eu só queria essas respostas. Hoje, já não me interessa mais... Não sei dizer quem realmente errou.
Nossos caminhos se abriram e a gente tomou outros rumos. Hoje se você ainda convivesse comigo, eu seria uma pessoa que você não conseguiria entender, eu mudei.
Eu estou bem comigo mesma, estou dando valor a coisas que eu simplesmente ignorava. Tracei minha vida, determinei horários, trabalho quando devo, converso quando quero, escrevo quando preciso. Hoje tenho liberdade de sair do trabalho e ir bater perna por aí se estiver com vontade, de andar sozinha pelas ruas e entrar em lojas baratas pra comprar bobagens, comer no sushi até doer, tomar um ônibus diferente pra ir pra casa, visitar minhas amigas. Fazer o que eu quero fazer. Ter tempo pra mim.
Antes não tinha vontade de sair ou ver ninguém, passava dias inteiros enfiada no quarto lendo, cantando ou simplesmente dormindo e vinha trabalhar na segunda feira com a sensação de que não tinha feito nada que se aproveitasse de verdade. Os telefones tocavam e eu ignorava. Os convites vinham e eu inventava uma desculpa qualquer. Uma preguiça de viver que me machucava mais do que me fazia bem. As cobranças começaram. E foi aí que eu precisei de alguém pra ouvir um texto novo que eu havia escrito, pra ir pro cinema comigo ver aquele filme que havia estreado, pra falar das coisas do mundo que pareciam mortas pra mim. Mas eu não movi um músculo. Não fiz qualquer movimento pra mudar isso. Continuei lendo sozinha em voz alta os meus textos novos, ou algum interessante que eu encontrava na net, deixando os cinemas de lado, matando ainda mais as coisas do mundo. E o mais engraçado disso tudo é que eu me sentia bem. Eu não sentia falta. O que eu mais queria era acordar cedo trabalhar e ir para o inglês no final do dia, chegar em casa, tomar um banhão quentinho e me atirar na cama. FODA-SE SE O CHEIRO DE GEORGE ARMANI LEMBRAVA VOCE.
Eu me acostumei ao que antes me incomodava e fiz disso a minha nova vida.
Eu mudei, meu amigo. Mudei mais rápido do que pude perceber e eu não escolhi isso. Não foi algo que eu decidi, tipo, acordei hoje e agora quero ser assim. Não. Aconteceu. Quando me dei conta, muitas de minhas mudanças já tinham ocorrido de forma irreversível. Afastei um monte de pessoas que importavam pra mim da minha vida e não deixei que ninguém mais entrasse nela, e eu nem se quer percebi isso. Claro que as mais insistentes ainda estão por aqui e a elas eu devo muito. Afinal, elas aceitaram todos as minhas recusas, brigaram comigo diversas vezes, bateram o telefone na minha cara ou deixaram mensagens grosseiras na minha caixa postal, mas NUNCA deixaram de me procurar quando sentiram a minha falta. Elas aceitaram as minhas crises e a minha nova realidade a duras penas, no meio de conversas sem argumentos e muitas lágrimas pra preencher o que eu não conseguia explicar. Elas foram na minha casa, me arrastaram pelo braço e me mostraram que ainda existia alegria lá fora,que eu continuava sendo a alegria delas.
Dessa última vez, eu poderia ter sido de novo mais flexível que você, mas não quis, e porque afinal de contas você jogou o amor que eu te dei na lata do lixo, e isso não foi uma opção minha, as ultimas atitudes foram minhas, algumas iniciativas foram minhas, e você ficou parado esperando eu falar, esperando eu voltar atrás, eu não voltei, eu li o que não queria, vi o que não queria e engoli a seco, mas fui mulher grande como sou, não quis pagar pra ver. Eu sabia o que iria acontecer, mais cedo ou mais tarde.
E eu não quero e nem posso cobrar isso de você porque as pessoas são diferentes. Eu não tenho esse direito. A nossa vida seguiu, independente do que tenha acontecido, independente de quem magoou ou tenha sido magoado, e volta e meia eu me perguntava: ‘O que foi que aconteceu com a gente?’ ‘Onde foi que eu errei, afinal?’ Antes eu só queria essas respostas. Hoje, já não me interessa mais... Não sei dizer quem realmente errou.
Nossos caminhos se abriram e a gente tomou outros rumos. Hoje se você ainda convivesse comigo, eu seria uma pessoa que você não conseguiria entender, eu mudei.
Hoje você ainda é uma pessoa que eu não consego entender, mas a sua máscara caiu, e isso já basta. Hoje eu consegui entender que eu ainda quero as pessoas por perto, mas só quando estiver em paz e tiver coisa para me fazer brilhar os olhos caso contrario, sim eu desejo que essas pessoas não permaneçam na minha vida.
Mudar não é fácil, muito menos quando não se espera. As pessoas se afastam de você, não te entendem, cobram que você ressuscite seja lá de onde se perdeu. Mas eu mudei e não escolhi isso. Existem coisas que não me interessam mais e outras tantas que me incomodam e isso nada tem a ver com o seu comportamento hoje ou com o de quem quer que seja. Só tem a ver comigo, com o que eu penso e com o que eu acredito. Eu não sei o nome do que aconteceu comigo, nem sei se tem volta, tampouco se ainda existe em mim pedaços daquela menina que você conheceu há uns tempos atrás. Não posso pedir pra você entender o que nem eu mesma entendo. Eu só queria que você nunca tivesse duvidado, que um dia eu teria coragem de partir.
Mudar não é fácil, muito menos quando não se espera. As pessoas se afastam de você, não te entendem, cobram que você ressuscite seja lá de onde se perdeu. Mas eu mudei e não escolhi isso. Existem coisas que não me interessam mais e outras tantas que me incomodam e isso nada tem a ver com o seu comportamento hoje ou com o de quem quer que seja. Só tem a ver comigo, com o que eu penso e com o que eu acredito. Eu não sei o nome do que aconteceu comigo, nem sei se tem volta, tampouco se ainda existe em mim pedaços daquela menina que você conheceu há uns tempos atrás. Não posso pedir pra você entender o que nem eu mesma entendo. Eu só queria que você nunca tivesse duvidado, que um dia eu teria coragem de partir.
As coisas mudam, e queria dizer te depois do mês passado :
"Perdoa, nunca mais poder te olhar mais com os olhos da primeira vez, nem nunca mais"
"Perdoa, nunca mais poder te olhar mais com os olhos da primeira vez, nem nunca mais"
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